Se isso tudo não for possível, mesmo assim ainda existem algumas opções:
a) Primeiro, tente descobrir o que você faz bem no contrabaixo.
Isso pode ser tirar um sonzão, ter um vibrato bonito ou uma mão esquerda ágil, fazer um golpe de arco claro e preciso, tocar um fraseado de uma peça de forma bem musical, conseguir afinar rápido, etc…
b) Se mesmo assim você não descobrir nada, pense nas qualidades que você tem, e que podem ajudá-lo a conseguir o que quer, ou nas qualidades que podem ajudá-lo a ser “diferente” dos outros contrabaixistas, ou mesmo a ser “igual” aos outros contrabaixistas.
Por exemplo: paciência para estudar, uma capacidade de concentração muito boa, uma memória privilegiada para lembrar até de pequenos toques musicais, facilidade para repetir trechos musicais ou movimentos físicos, uma vontade de vencer acentuada, uma necessidade pessoal de superar desafios, etc…
Bem, você só vê defeitos “contrabaixísticos” em você?
Mais uma vez você não será o solista!
Defeitos todos nós temos, cada um a seu nível. Não pense que um virtuose não tem defeitos, pois ele com certeza sabe onde o calo contrabaixístico dele dói.
A única diferença é o compartilhamento dos defeitos, pois quando somos iniciantes no
instrumento, todo mundo percebe os nossos defeitos.
Quanto mais melhoramos, mais nossos defeitos vão se tornando imperceptíveis aos ouvidos não-especializados.
Existem “defeitos” que só são compartilhados por instrumentistas do mesmo nível e, dependendo do grau de perfeccionismo da criatura, só mesmo ela os percebe…
Portanto, deixe para resolver os seus defeitos quando a crise passar…
Não adianta dizer que você não tem nada de bom.
Sempre tem alguma coisa boa, e é essa coisa que fez você acreditar em você até agora.
Se isso foi o suficiente para deixá-lo no contrabaixo até agora, e é essa mesma coisa boa que vai ajudá-lo a sair dessa e continuar nele. Pense nisso…
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