Postagens de maio 23rd, 2011


O arco de contrabaixo pesa aproximadamente 130 gramas, ou seja, ele é mais leve que um copo d’água.
(Existem exceções: o contrabaixista holandês Hans Roelofsen e seus alunos costumam utilizar um arco especial, de 240 gramas).

As variações de peso entre um arco e outro são mínimas (até 12 gramas), mas fazem muita diferença tanto para segurar, quanto para emitir o som.
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Embora para muitos os arcos pareçam ser todos iguais, isso é um grande engano. Cada arco é um arco.

Um bom arco costuma ter a vareta flexível, com uma boa curvatura, peso bem distribuído entre suas extremidades (talão e ponta), ponto de contato equilibrado, crina de boa qualidade, etc.

Isso faz com que ele tenha “ataque”, para que as notas não atrasem; que “quique” bem para a execução de golpes de arco específicos como spiccato & cia; que não faça as notas “apitarem”; que ajude o instrumentista a tirar o som que mais lhe agrada, pois tem arcos que “abrem” e arcos que “fecham” o som, arcos leves e arcos pesados, arcos bons para solo e arcos bons para orquestra, etc…

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Cópia da mensagem do luthier e contrabaixista Andrea Spada, postada na comunidade do Orkut ‘Mulheres no contrabaixo’, em 02/7/2008.

Som & Cia: aspectos importantes de serem vistos ao escolher um contrabaixo acústico para comprar:

“Muito difícil mesmo… são tantas as variáveis… mas vamos tentar. Primeira coisa; a menos que seja absolutamente impraticável, não comprar baixos chineses!

Vou tentar criar um elenco de fatores a ser considerados:

Timbre: se você quiser um timbre claro e penetrante, não compre um instrumento que tenha um som muito redondo. Se quiser um timbre profundo e aveludado, não compre um instrumento com som claro e magro. Vai gastar muito dinheiro logo depois procurando as cordas que possam resolver teu problema, sem grande sucesso, e alguns anos mais tarde vai acabar precisando trocar de instrumento!

Diapason: Não compre um instrumento grande demais, nem um pequeno demais. Considere o tamanho de suas mãos, sua altura. Também, à paridade de afinação, cordas longas são mais tensas que cordas curtas. Em alguns casos, é preferível ter uma ou outra.

Fundo: que música você toca? Para orquestra, um fundo esculpido tem a tendência a funcionar melhor, para jazz ou popular um fundo chato é preferível. Isso, é claro, em linha gerais. Sempre temos surpresas!

Procure por rachaduras no tampo e no fundo na posição da alma.

Veja a altura do cavalete. Para um baixo 3/4, 16 cm é suficiente. Se tiver um cavalete menor, o porque o ângulo do braço é pequeno, o que não ajuda na resposta das cordas e pode atrapalhar na hora de tocar com arco, pois pode não haver espaço suficiente nos Cs.

O espelho tem pelo menos 8 mm na borda? Se tiver, ótimo. Se não, vai poder precisar de uma troca de espelho em breve!

Vem com boas cordas, e razoavelmente em bom estado? Se não, considere que vai gastar pelo menos um 500 reais a mais para repô-las.”

Leia mais em:
Luteria contrabaixística c/ Andréa Spada (acústico)
https://www.orkut.com.br/CommMsgs.aspx?cmm=2193445&tid=5209614297228613708

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) Troca de encordoamento.
As cordas são caras, mas duram de dois a seis anos, dependendo do uso;

b) Regulagem do cavalete.
Normalmente esse serviço (feito por um luthier), é providenciado quando se compra um contrabaixo novo, ou quando se procura algum resultado específico, e não é caro;

c) Troca da crina do arco.
A crina é feita do cabelo do rabo do cavalo, e dura entre 01 e 03 anos. A cor da crina (branca ou preta) fica a critério do contrabaixista. Dê preferência às naturais (não-sintéticas);
c) Troca de cavalete.
Serviço feito somente se ele empenar ou quebrar;

d) Passar uma lima no espigão do contrabaixo (“pé”), para que ele não deslize.
Esse serviço pode ser feito em casa ou em algum lugar que tenha um esmeril, e é barato. Se o contrabaixo usar borrachinha, ela precisará ser trocada quando estiver gasta.

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NECESSÁRIOS:

a) Uma boa capa de contrabaixo, se possível com alças e bolsos.
Para o dia-a-dia, não há necessidade de revestimento com espuma grossa;

b) Estante de música leve pois, eventualmente, você precisará levá-la dentro da capa. Não se esqueça de negociar a permanência dela em casa com quem contratar você para tocar;
c) Caixa de arco.
Se possível, de madeira ou um tubo de PVC revestido de espuma. Se couber a resina, melhor.
No início, dá para levar numa reles capinha feita pela vovó, mas mesmo assim tome cuidado para não quebrar a “preciosidade”.

ÚTEIS:

a) Rodinha para colocar no espigão.
Com ela, você consegue andar longas distâncias sem ter que carregar o contrabaixo, e até atropelar os pedestres mais incautos que não saiam a tempo da sua frente;

b) Alça para carregar o contrabaixo a tiracolo.
Ótima para transportar o contrabaixo e ficar com as mãos livres e maravilhosas para subir escadas sem precisar “amassar” as mãos. Fica parecendo que você está carregando uma bolsa de elefante;
c) Um tipo de “manivela” para trocar as cordas de contrabaixo.
Facilita e muito, o serviço, porque tirar no mãozão é uma canseira. Felizmente, isso é feito no máximo uma vez a cada dois anos. As tendinites ficam doidinhas nesse dia…

ÚTEIS E INCONVENIENTES:
a) Capa para viagem de ônibus (longas distâncias).
Forrada de espuma grossa, protege bem o instrumento;

b) Case para viagem de avião.
Muito cara e trambolhuda. As mais caras são feitas sob medida e têm até air-bag. O melhor é torcer para que seu contrabaixo tenha fobia de avião.

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a) Métodos e partituras originais para contrabaixo, mas o mais comum é fazer cópia desse material;
b) Passagens semanais (ônibus, metrô, etc.), se você não tiver gratuidade em sua cidade.

Normalmente, o aluno tem uma aula de contrabaixo por semana. Quando alcança um nível avançado, pode chegar a ter duas aulas por semana.

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Além do contrabaixo próprio, alugado, emprestado, etc, e se o seu professor utilizar, você precisará comprar 01 arco. Existem dois modelos de arco:

a) Arco modelo francês;
b) Arco modelo alemão

O arco de modelo francês tem o talão (aquele retângulo preto, que fica perto da mão) estreito, e você vai segurá-lo com a palma da mão direita voltada para baixo, como um violoncelo.
O arco de modelo alemão tem o talão largo, e você vai segurá-lo com a palma da mão direita voltada para cima.

Antes de comprar, veja com seu professor com qual modelo de arco que ele toca e ensina. Se você for estudar no contrabaixo da escola, provavelmente não precisará comprar um arco logo no início, mas será conveniente tê-lo mais tarde.

Se o seu professor não utilizar o arco para tocar, ele o fará somente com os dedos. Isso se chama “pizzicato”, e você tocará “pizzicato” ou “em pizzicato”, técnica amplamente usada em música popular e no jazz.

Outros acessórios úteis:
c) Resina para contrabaixo

Veja com seu professor a(s) resina(s) de preferência, pois existem marcas e qualidades diferentes.

A resina serve para “colar” a crina do arco na corda. Sem resina, a crina não tem aderência, por ser muito lisa. Se você não usar arco, também não precisará de resina. Uma resina demora muito a acabar e deve ter uma duração mínima de uns quatro anos.
Se você estudar no contrabaixo da escola, e ela tiver resina, você não precisará comprá-la logo no início, mas será conveniente tê-la mais tarde.

Depois, se o seu professor utilizar, você precisará comprar:
d) 01 banco de madeira, de metal, estofadinho ou não, etc.

Veja com seu professor a altura ideal que servirá para o tipo de técnica que ele utiliza. Existem contrabaixistas que tocam em bancos altos, em bancos baixos ou sem banco.
e) Um espelho com medidas aproximadas de 50 a 60 cm de largura X 100 cm de comprimento.
Se você tiver espaço para estudar, essas medidas podem ser menores.
OBS: Com pouco espaço é preciso estudar mais perto do espelho, para que você consiga enxergar o todo. Por isso, ele deverá ser grande;
Com muito espaço, você poderá estudar mais distante do espelho e ter uma visão mais abrangente do contrabaixo e de você. Assim, o espelho não precisa ser grande.

Acessórios úteis opcionais:
f) Borrachinha para o contrabaixo não deslizar;
g) Afinador;
h) Metrônomo.

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Como tudo na vida, existem também momentos difíceis na vida do contrabaixista, seja seguir ou não em frente na carreira, parar de tocar ou não, etc.

A primeira coisa que penso ser importante pensar é sobre o lugar na sua vida que o contrabaixo ocupa: prioritário, essencial, coadjuvante, temporário?

Depois, pense em qual é o lugar do contrabaixo na sua atual circunstância de vida.
Às vezes, em um problema de saúde, por exemplo, o contrabaixo prioritário ou essencial pode passar a ser coadjuvante, porque o prioritário é a sua saúde ou a de alguém da sua família.

A partir daí, pense sobre a escolha que você terá que fazer: prioritária, essencial, coadjuvante ou temporária?
Estudar para um concurso ou estudar no exterior costumam ser escolhas temporárias, mas poderão se tornar prioritárias se forem muito importantes para você e, temporariamente, poderão também deixar a sua família ou o seu emprego como coadjuvantes, por exemplo.

Existem contrabaixistas que colocam o contrabaixo à frente de tudo e de todos, assim como existem contrabaixistas que colocam o contrabaixo à frente de tudo de todos em determinadas situações, como existem contrabaixistas que colocam tudo e todos à frente do contrabaixo sempre ou em determinadas situações.

Da mesma forma que as pessoas se adaptam às situações, há situações que mudam e chances que às vezes só aparecem uma única vez.

Definir quem ou o que é a prioridade da vez e a “temporalidade” do que está para se optado talvez torne as escolhas não menos difíceis, mas deixará as decisões mais conscientes.

No mais, nenhuma decisão é tão irreversível que não se possa ao menos repensá-la e, mesmo que algumas chances sejam únicas, ainda podemos usar o arrependimento ou a tristeza da chance perdida em outras situações da nossa vida.

Como diz a música: “e no balanço das horas tudo pode mudar…”

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Acho muito importante aproveitar essas oportunidades de fazer cursos para dar uma “reciclada” nos ânimos musicais, sabe?

Quando a gente estuda com um(a) professor(a) regularmente, penso que os cursos de férias funcionam como uma “traição” autorizada… Por isso, a gente tem que aproveitar bem a pulada de cerca…

Gostaria de falar um pouco sobre as “propostas” dos cursos de férias, certo?

Um curso de férias nunca vai ser igual a um curso regular. Nele você estará para conhecer ou continuar um trabalho com um(a) professor(a), mas de forma bem mais light para todos, porque o(a) professor(a) também dá aulas regulares em algum lugar e/ou para alguém, e também quer relaxar um pouco.

De um modo geral, ele(a) tentará abordar poucos problemas técnicos e/ou musicais (pouco som, vibrato ruim, desafinação excessiva, ritmo impreciso, etc.) e contrabalançará isso valorizando também as qualidades do(a) aluno(a) (facilidade para “pegar” rápido os toques, mão bonita, boa afinação, etc.).
Isso elevará a sua autoestima contrabaixística, até porque um curso regular funciona quase como um casamento: as qualidades, com o tempo, frequentemente deixam de ser ditas…
Mas, como já disse, você estará com o(a) amante, certo? Então é hora de mostrar todo o seu potencial e ser elogiado(a) por isso!

Como o tempo desses cursos de férias é curto, de 3 a 15 dias, não há tempo hábil para trabalhar tooodos aqueles problemas técnicos mais profundamente.

Aproveite, então, para prestar muita atenção no(a) professor(a) tocando e também para memorizar as dicas e os elogios mais importantes, porque é aí que está o pulo do gato: é isso que você aproveitará para você, tanto para tocar, quanto para te dar força para suportar as eventuais e inevitáveis chaturas e marasmos do estudo regular.

Os cursos de férias têm umas coisas engraçadas: sabe aquele vibrato que você nunca conseguiu fazer na aula regular? Pois é…saiba que ele a-do-ra viagens, e aparece no curso de férias…
Sabe aquela desenvoltura no arco, que seu(sua) professor(a) regular batalha com você durante anos a fio, mas que ela insiste em ter crise de timidez nas suas aulas, principalmente naquele estudo que você tava fazendo “tãaao bem em casa”? Relaxe, porque essa tarefa árdua é para seu(sua) professor(a) regular, mas você sempre será salvo, tcharan-tchan-tchan, pelooo(a) suuuper-professor(a) do curso de férias!!

Na volta à vida normal, curta os “flashbacks” das férias com aquele sorrisinho nas ideias de quem sabe que foi booom…
Pode deixar: o(a) seu(sua) professor(a) regular pode até notar que alguma coisa mudou em você, falar uma coisinha ou outra, ou mesmo fingir que nada aconteceu (“traição” é “traição”, não é?) mas, no fundo, ele(a) também estará com os flashbacks das férias dele(a) e aquele sorrisinho nas ideias de quem sabe que alguma coisa foi boa, nem que tenha sido ficar livre de você e dos seus problemas por um tempo!…

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O arco é um acessório para tirar som; um intermediário entre o seu corpo e o contrabaixo.
O contrabaixo é um instrumento; um intermediário entre o instrumentista e a Música.
Você é um músico; um intermediário entre a Música e seus caminhos…

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Se isso tudo não for possível, mesmo assim ainda existem algumas opções:
a) Primeiro, tente descobrir o que você faz bem no contrabaixo.
Isso pode ser tirar um sonzão, ter um vibrato bonito ou uma mão esquerda ágil, fazer um golpe de arco claro e preciso, tocar um fraseado de uma peça de forma bem musical, conseguir afinar rápido, etc…
b) Se mesmo assim você não descobrir nada, pense nas qualidades que você tem, e que podem ajudá-lo a conseguir o que quer, ou nas qualidades que podem ajudá-lo a ser “diferente” dos outros contrabaixistas, ou mesmo a ser “igual” aos outros contrabaixistas.
Por exemplo: paciência para estudar, uma capacidade de concentração muito boa, uma memória privilegiada para lembrar até de pequenos toques musicais, facilidade para repetir trechos musicais ou movimentos físicos, uma vontade de vencer acentuada, uma necessidade pessoal de superar desafios, etc…

Bem, você só vê defeitos “contrabaixísticos” em você?
Mais uma vez você não será o solista!
Defeitos todos nós temos, cada um a seu nível. Não pense que um virtuose não tem defeitos, pois ele com certeza sabe onde o calo contrabaixístico dele dói.

A única diferença é o compartilhamento dos defeitos, pois quando somos iniciantes no
instrumento, todo mundo percebe os nossos defeitos.

Quanto mais melhoramos, mais nossos defeitos vão se tornando imperceptíveis aos ouvidos não-especializados.
Existem “defeitos” que só são compartilhados por instrumentistas do mesmo nível e, dependendo do grau de perfeccionismo da criatura, só mesmo ela os percebe…
Portanto, deixe para resolver os seus defeitos quando a crise passar…

Não adianta dizer que você não tem nada de bom.
Sempre tem alguma coisa boa, e é essa coisa que fez você acreditar em você até agora.
Se isso foi o suficiente para deixá-lo no contrabaixo até agora, e é essa mesma coisa boa que vai ajudá-lo a sair dessa e continuar nele. Pense nisso…

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