Postagens de maio, 2011


Existem exercícios de fortalecimento dos dedos da mão esquerda fora do contrabaixo?
Há, mas não acredito que a utilização desses exercícios seja um consenso contrabaixístico, porque perguntei sobre isso para vários colegas contrabaixistas. A maioria não faz nada além de alongamentos. Os que fazem exercícios de fortalecimento para os dedos e as mãos (sem o contrabaixo), me deram algumas dicas:

a) Em frente à parede, mas um pouquinho afastado dela, apóie as pontas dos dedos das duas mãos (dedos arredondados, com as mãos em forma de “conchinha”) na parede. Flexione ligeiramente o corpo em direção às mãos, como se fosse uma flexão de braços, só que feita em pé. Isso fará com que o peso do seu corpo vá para os dedos, fortalecendo-os com a continuidade do exercício. No início, faça poucas repetições de curta duração. Conforme o seu condicionamento físico for melhorando, vá aumentando o número de repetições e a duração do exercício;
b) Faça exercícios de abrir e fechar as mãos com uma bolinha macia, aumentando o número de repetições e a duração do “amasso”, conforme adaptação aos exercícios e melhoria do condicionamento físico;

c) Faça o mesmo exercício acima, mas com um “aparelhinho” próprio para isso, usado pelos guitarristas.

Esses aqui também servem para a coordenação motora:

d) Grude os cotovelos na lateral do corpo e feche as mãos com os polegares voltados para você. Abra e feche as mãos, fazendo um movimento de “L” com dedos juntos, sem dobrar os pulsos, mantendo os polegares “fechados”, de forma que só os outros quatro dedos das mãos “estiquem”. Fazer várias repetições, de forma bem “articulada”. Com o condicionamento, acelerar os movimentos.
e) Depois, “estique” cada dedo separadamente, fazendo um movimento de “L”, sem dobrar os pulsos e não se esquecendo de exercitar também os polegares. Fazer várias repetições, de forma bem “articulada”. Com o condicionamento, acelerar os movimentos.

OBS: Os dedos das duas mãos se “encontram” toda vez que forem esticados para o lado (base do “L”), e ficam paralelos toda vez que forem esticados para cima (lateral do “L”).

O uso de elásticos também fortalece os dedos das mãos. A bolinha fortalece, priorizando o movimento de fechar as mãos. O elástico fortalece, priorizando o movimento de abrir as mãos.

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Minha opinião sobre o assunto dos dedilhados é que a geração anterior a dos grandes precursores do contrabaixo no Brasil (Sandrino Santoro, ex- professor da UFRJ; José de Barros Chagas, Orquestra Sinfônica. de Recife; Hector Rossi, ex-professor da UFPB, entre outros), não teve muita escolha na hora de estudar. Muitos contrabaixistas sul-americanos estudaram com italianos vindos da Europa, que chegaram aqui através das companhias de ópera vindas da Europa em turnês pela América Latina, outros estudaram com alunos desses contrabaixistas.

O Sandrino, por exemplo, é italiano de nascença, mas começou seus estudos de contrabaixo no Brasil. Ele teve como professores um italiano, o Leopardi e um russo, o Vassili.
A mesma coisa deve ter acontecido com os contrabaixistas argentinos e uruguaios, etc, que têm hoje entre 60 e 70 anos de idade. Acredito que eles só tiveram acesso à existência do 1-2-4, quando já era tarde demais.

Naquela época, ou você estudava o que mandavam, ou te mandavam estudar outra coisa…
Acho que todos eles foram filhotes da ditadura contrabaixística… Não sei também se a “abertura” contrabaixística, feita por esses contrabaixistas ao questionar “baluartes” técnicos como o dedilhado 1-3-4, teve alguma coisa a ver com as aberturas políticas dos países em que viviam, se ela aconteceu após fatos políticos.

Não podemos esquecer que o pós-ditadura torna os artistas mais livres e abertos à idéias novas e intercâmbios, porque eles passam a ter um espaço novo para isso, que antes era dedicado à resistência e à denúncia cultural.

Estou querendo dizer com tudo isso, que esses questionamentos e as consequentes mudanças, como no ensino dos dedilhados, só devem ter sido possíveis de se tornar realidade, após uma ruptura com as tradições e uma aliança com idéias novas.

Hoje em dia, temos muito mais democracia no ensino do contrabaixo. Viva a diferença!

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O problema de usar o tempo todo o dedilhado 1-2-3-4 no contrabaixo acústico, é que força demais a mão.
Eventualmente, em extensões e pivôs acho viável, mas a partir da 4ª posição (ré- ré sustenido- mi) e, ainda assim, isso depende também do contrabaixo…

Por não ter traste, as posições no contrabaixo acústico vão diminuindo de tamanho, conforme as posições vão alcançando notas mais agudas. Mesmo assim, o contrabaixista ainda usará muito algumas posições “grandes”, como é o caso da meia-posição (corda sol: sol sustenido- lá- si bemol) e da 1ª posição (corda sol: lá- si bemol- si bequadro).

Colocando mais um dedo e uma nota nessa posição, será impossível manter os dedos totalmente presos e parados na corda, como usualmente fazemos numa “posição”.
Numa mesma posição e numa mesma corda só existe um movimento básico: abaixar e levantar os dedos.

Usando o dedilhado 1-2-3-4, será acrescentado a esse movimento básico mais um outro: “abrir” cada dedo sempre que for tocar com o dedo 4 e “fechar”. Assim, a idéia de “posição” fica mais relacionada aos dedos do que à mão.

Sem um bom professor de contrabaixo, dificilmente o aluno conseguirá tocar de forma relaxada com esse dedilhado que, naturalmente, já “abre” a mão mais que o necessário.

Usamos somente o peso do corpo para tocar, sem força. A mão esquerda deve ser precisa e flexível sem ficar “dura” de forma alguma.

Uma informação importante: numa mesma posição, o espaço entre todos os dedos usados deve ser igual. No dedilhado 1-2-4, por exemplo, o espaço entre esses dedos é o mesmo. O dedo 3 fica entre os dedos 2 e 4.

Já vi contrabaixistas de elétrico tocarem com dedilhado de contrabaixo acústico, mas conheci e fiz aulas com um grande contrabaixista holandês, Hans Roelofsen, que foi o único contrabaixista até hoje que vi tocar com dedilhado 1-2-3-4 no acústico. Ele tem uma mão bem grande, com dedos muito longos e fortes, e usa a mão esquerda como se fosse um violoncelo.

Os violoncelistas usualmente utilizam o dedilhado 1-2-3-4 e também abrem cada dedo ao tocar (pivô), mas como as posições do instrumento são menores, eles conseguem fazer uma posição com a mão parada e os dedos prendendo todas as quatro notas, sem tensionar a mão, o que é praticamente impossível de ser feito no contrabaixo, mesmo que com um contrabaixo de posições pequenas.

As chances de tendinites no futuro são um caso a considerar, salvo se o aluno estiver sendo bem orientado por um professor de contrabaixo muito bom.

Bem, essa é a minha opinião…

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Existem dois dedilhados no contrabaixo acústico: italiano antigo (1-3-4) e germânico (1-2-4). O professor opta por ensinar um deles, ou seja, ou se usa um ou se usa outro. Eles são usados até mais ou menos a metade do braço, quando então são usadas três posições com o dedilhado 1-2-3.

Na metade do braço do contrabaixo, temos a oitava da corda solta. Por exemplo: na metade da corda sol, temos um outro sol mais agudo, uma oitava acima da corda solta, certo? Perto desse sol temos três posições que são tocadas com 1-2-3 (fá – fá sustenido – sol/ fá sustenido- sol- sol sustenido/ sol, sol sustenido – lá).

A partir da metade do braço (sol, 1 oitava acima da corda solta), o polegar passa a ser usado para prender a corda e a se chamar “capotasto” (0). Ele também poderá ser usado antes desse sol mas, via de regra, o estudo dele começa mesmo no sol, certo?

Assim que o capotasto passa a ser usado, os dedilhados 1-2-4 ou 1-3-4 são substituídos pelas “posições do capotasto” (ou capotasto), que são classificadas em cromática, semicromática e diatônica, todas com dedilhado 0-1-2-3. O dedo 4 passará a ser usado muito eventualmente.

No “capotasto”, as posições são mais flexíveis. Entre os dedos poderá haver intervalos de semitons (cromática – ex: sol- sol sustenido- lá- si bemol), tom e semitons (semicromática – ex: sol- lá- si bemol- si bequadro) e tons e semitom (diatônica – ex: sol- lá- si- dó). Há casos em que é necessário também “abrir” a posição (ex: sol- lá- si- dó sustenido).

O dedo 3 é um dedo “frágil”, que se fortalece com o tempo. Ele pode até não ficar com a precisão do dedo 2, mas nada que o impeça de ser muito bem usado, até mesmo em extensões e pivôs.

O dedilhado 1-2-4 “atenua” essa “fragilidade”, porque o dedo 3 sobe e desce junto com o dedo 4. Juntos, eles são considerados um dedo só (para efeito de dedilhado), mas essa mordomia só dura até pouco antes da metade do braço.

Um bom motivo para fortalecer o dedinho “feio”, já que depois ele também tem seus dias de cisne contrabaixista!!

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No dedilhado 1-3-4, o anular tem a ajuda constante do dedo médio.
Eles passam a ser um dedo só, vamos dizer assim. Por isso, esse dedilhado não apresenta problemas para o dedo 3 na região grave. Acho que para o dedo 4 é que deve ser difícil encarar a vida contrabaixística sozinho!…

Mas, a partir da região média para a aguda, o dedo 4 “descansa” nas duas escolas de dedilhado. O contrabaixo passa então a ter três posições com o dedilhado 1-2-3: (fá- fá sustenido-sol), (fá sustenido-sol-sol sustenido) e (sol-sol sustenido-lá), e as posições do capotasto (dedilhado capotasto-1-2-3).

Como as posições nessa região são menores que na região grave do instrumento, a norma de distância entre um dedo e outro deixa de ser somente de um semitom, e passa a ser também de tom, tom e meio, etc…

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Pelo que sei, na extensão o 1-2-3-4 é feito com a mão “parada”, e no pivô, o 1-2-3-4 é feito com os dedos mais “acrobatas”!…
Por exemplo: O dedo 1 “pisa” na corda, e logo em seguida o dedo 2 “alonga” para os lados e para cima (como se o dedo “espreguiçasse”), e desce em cima de outra nota. O dedo 3 fica com inveja, e repete a “alongada” do dedo 2 e desce em outra nota.
O dedo 4 fica enciumado e imita os irmãos…

O polegar é o único dedo “centrado” nessa história: fica no mesmo lugar o tempo todo.
Dizem as más línguas contrabaixísticas, que ele é preguiçoso e sedentário!

Pessoalmente, acho que ele só tá economizando energia para o dia do Cinderelo, quando ele deixa de ser polegar e passa a ser capotasto!…

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Quando comecei meus estudos, Sandrino Santoro me orientou a usar o 1-2-4. Ele mesmo usava 1-3-4. Os alunos mais antigos dele (tipo uma “geração” antes da minha) também usavam 1-3-4.

Acho que o 1-2-4 facilita a fazer o trinado com o dedo 4 porque o dedo 3 dá um “apoio” operacional, mas o que me motivou mesmo a usá-lo, foi que tenho uma ótima abertura do primeiro para o segundo dedo, e os acho dedos mais “fortes”.

A minha abertura do dedo 3 para o dedo 4 é boa, mas o dedo 4 para tocar sozinho precisaria de um fortalecimento extra… Mesmo assim, quando operei a mão esquerda, passei uma boa temporada tocando com 1-3-4, porque não conseguia colocar o segundo dedo na corda.

E mais dia menos dia, sabemos que acabaremos tocando com todos os dedos, seja com 1-2-4 na região grave/média, 1-2-3 na região média, e polegar (capotasto)-1-2-3 na região aguda… Esse lance de dedilhado é uma questão maior de estudo e costume.
Sandrino também falava que o 1-2-4 afinava melhor que o 1-3-4, mas isso eu nunca cheguei a comprovar…

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Dedo 1 é o indicador (ou fura-bolo);
Dedo 2 é o médio (ou pai-de-todos);
Dedo 3 é o anular (ou seu vizinho);
Dedo 4 é o mindinho;
Polegar (ou cata-piolho) não tem número no contrabaixo: é polegar mesmo…
Ao colocarmos a mão esquerda parada no braço do contrabaixo, teremos um dedo para cada nota, certo? E a distância entre cada nota é de um semitom, ou seja, metade de um tom, por exemplo: Dó- Dó sustenido-Ré.
Quem usa 1-2-4 (escola germânica), vai fazer o Dó com o dedo 1, o Dó sustenido com o dedo 2, e o Ré com o dedo 4. O dedo 3 se movimenta junto com o dedo 4, como se fossem os dois um dedo só.
Quem usa 1-3-4 (escola italiana), vai fazer o Dó com o dedo 1, o Dó sustenido com o dedo 3, e o Ré com o dedo 4. O dedo 2 se movimenta junto com o dedo 3, como se fossem os dois um dedo só.
Quem usa 1-2-3-4 (muito usado no baixo elétrico, e por alguns contrabaixistas de acústico), vai fazer o Dó com o dedo 1, o Dó sustenido com o dedo 2, o Ré com o dedo 3, e o Ré sustenido com o dedo 4, ou seja, com esse dedilhado aparece mais uma nota.

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Uma das outras preocupações iniciais do contrabaixista, que faz par com as bolhas, é o aparecimento dos calos e o tempo necessário para isso.
O calo é uma defesa a longo prazo da pele aos constantes ataques de elementos estranhos à sua natureza.
Assim, quando você assustou os seus dedos com o contrabaixo acompanhado de suas cordas de grosso calibre, as bolhas surgiram.
Agora, é a vez de o seu organismo proteger de verdade os seus dedos! Calo neles!
Se o contrabaixo tem cordas para “defendê-lo”, nada mais natural que você tenha bolhas ou calos para defender você… Mundo cão; contrabaixo cão.
O tempo necessário para o aparecimento dos calos varia de contrabaixista para contrabaixista.
Eles costumam surgir após sucessivas bolhas curadas, quando a pele que nasce por baixo delas vem cada vez mais resistente, ou quando a pele vai ficando mais seca e resistente mesmo sem bolhas.
Eventualmente, os calos dão umas fisgadinhas doídas e rápidas, mas isso dá e passa sem traumas.
Até hoje, desconheço relatos de contrabaixistas dissidentes por causa disso, embora haja muitas desistências por causa do polegar direito e mais ainda por carreiras como a medicina, informática, direito…
Existem contrabaixistas felizardos que não apresentaram episódios de bolhas e/ou calos na vida contrabaixística.
Se você não faz parte do seleto clube dos sem-bolhinhas, junte-se a outros bons contrabaixistas e seja um melhor, mas de outro clube: o dos bolhudos e/ou dos caludos…
Os calos, quando aparecem, têm caráter mais permanente. Quero dizer com isso, eles são eternos enquanto durar o seu estudo…
Ao invés de serem uma preocupação ou um problema, os calos devem ser encarados como um alívio, pois permitem que você estude ou toque pelo tempo que desejar, sem deixar que o dedo crie bolhas.
Agora, se você passar dois meses na malandragem contrabaixística, os calos também te acompanharão nessas férias: descamarão na moranga, e bobó, digo babau calos!…
Os cuidaditos com os casquitos são iguais aos com as bolhas: amor, carinho, e distância de dentes, alicates de unha e das férias prolongadas.
Para atenuar o visual- às vezes arrepiante- dos dedinhos calejados, aqui vão algumas dicas opcionais:
1) Mantenha as cordas do seu contrabaixo limpas. Calos encardidos são sinônimo de contrabaixo sujo;
2) Uma lixa de unha comum costuma alisar bem o ouriço humano mas, dependendo do caso e da necessidade, uma lixa de pé funciona maravilhosamente melhor.
Só não use a bonitinha em público, porque é algo que beira o grotesco, certo?
Não se esqueça de que as pessoas já acham o contrabaixo um instrumento dinossáurico. Aí um dia você aparece com os dedos arrebentados de bolhas; num outro, você tira da mochila uma lixa de pé para amaciar os estragos dos calos… E a imagem do instrumento, como fica?
Não adianta eliminar a concorrência dessa forma porque você, como contrabaixista, precisará de um público que te assista por admiração, não por pena.
E se é para eliminar a concorrência, vá mostrar as suas bolhas sangrentas e seus calos cascudos e horrorosos para os colegas de escola de música que ainda não se decidiram por um instrumento, ora bolhas!
Calo para sempre… sobre isso!

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Para tocar muito pizzicato, como eu não estou acostumada, meus dedos bolhudos precisam de duas ou três camadas de pele renovada.
A primeira descascada é de susto; a segunda é de revolta; a terceira é aquela que dá liberdade aos meus dedos e abre as asas sobre a música.
Isso varia de contrabaixista para contrabaixista.
Mas se você tiver bolhas e puder diminuir o contato dos dedos feridos com as cordas por alguns dias, depois da segunda descamada a pele ficará mais seca e grossa e logo uma calosidade aparecerá nos locais de maior atrito com as cordas.
Aí, é só voltar ao seu ritmo normal de estudo e cuidar dos seus agora calos com amor e carinho, longe dos dentes, dos alicates de unha e dos longos períodos de férias contrabaixísticas, senão eles somem.
Cuidaditos com as bolhas:
1) Não fure e não morda a pobrezinha;
2) Mantenha o local sempre limpo e seco, principalmente se você ainda insistir em tocar contrabaixo. Pele úmida e bolhas são irmãs siamesas;
3) Coloque o dedo bolhudo por cinco minutos na água morna bem salgada, cinco vezes ao dia e seque bem o local depois;
4) Se o dedo inflamar, mantenha a água com sal, e passe uma pomada antiinflamatória no fofinho;
5) Se possível, não cubra os dedos bolhudinhos, porque elas secam mais rápido ao ar livre. Bolhas têm falta de ar;
6) Depois que a pele de baixo da bolha estiver cicatrizada, você poderá tirar a pele que sobrou da bolha cuidadosamente com um alicate de unha, sem puxá-la. Força de vontade é tudo nessa hora.
Da mesma forma que tem gente que tem dificuldade para aprender o contrabaixo e outras não, que tem gente com uma dificuldade enorme para solucionar um problema técnico-musical e outras não, existe quem tenha episódios bolhudos e sortudos que não.
Tenho um colega contrabaixista, que toca profissionalmente em orquestra, que nunca teve bolhas ou calos na vida contrabaixística.
De um modo geral, bolhas são episódios eventuais, que podem ocorrer ou não.
Elas são mais freqüentes no início do estudo do instrumento, mas podem aparecer após umas férias ou após mudanças na técnica, quando uma região dos dedos que antes era pouco ou nunca usada, passa a ser mais solicitada.
Na hora de começar ou recomeçar o estudo do contrabaixo, todo o cuidado é pouco.
Pode ser que os seus dedos aguentem mais tempo no instrumento depois das férias, antes de recomeçar o processo rebolhudo.
Não importa se você está começando ou recomeçando o estudo. Os recadinhos do corpo continuam valendo: incomodou, parou!…

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