Postagens de maio, 2011


O contrabaixo ainda está equivocadamente associado a pessoas altas e ao uso da força para ser tocado. Isso talvez ainda leve um longo tempo para ser modificado…

A altura do contrabaixista não é tão importante quanto o comprimento de seus braços e de seus dedos da mão esquerda, e mesmo assim isso é subjetivo.

Primeiramente, gostaria de escrever que existem contrabaixos para adultos e crianças.

O contrabaixo, por ter medidas muito variáveis entre um instrumento e outro, é considerado um “instrumento bastardo”, terminologia também aplicada à viola (de orquestra, prima do violino).

Os contrabaixos de adultos são classificados em tamanhos 5/8, 3/4, 7/8 e 4/4.

Para mim, mais importante do que o tamanho do “bojo” do instrumento é o comprimento do “diapasão”, distância entre a pestana (comecinho do espelho) e o cavalete.

Bem, vocês poderão esclarecer os detalhes corretos dessas medidas com um luthier, mas um contrabaixo 3/4 tem o “diapasão” de 106 ou 107 cm.
Um contrabaixo com 108 cm já pode ser considerado um contrabaixo 7/8, assim como um com 109, 110 e 111 cm, com certeza será um 4/4.

Existem muitos contrabaixos com diapasão 103, 104 e até 102 cm. Eles são considerados contrabaixos 5/8.

Essas medidas estabelecem o que chamamos de contrabaixos “grandes”, contrabaixos “normais” e contrabaixos “pequenos”. Essas “classificações” fazem com que as posições nos instrumentos sejam maiores (nos contrabaixos grandes) ou menores (nos contrabaixos pequenos).

Dependendo do “diapasão, um contrabaixo ”bojudo” pode não ser um instrumento “grande” e um contrabaixo pequeno pode não ser um instrumento “pequeno”.

Um contrabaixo “grande” exigirá uma abertura de dedos maior e um contrabaixo “pequeno” exigirá uma abertura de dedos menor.

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Aqui vai uma pequena lista não-médica, pessoal e transferível de alguns sintomas e suas possíveis ligações com o contrabaixo.

Dor de cabeça:
Gripe e/ou dor de ouvido esquecidos pelo excesso de estudo de contrabaixo;
Necessidade de mudança de grau dos óculos ou lentes, especialmente se você lê partituras;
Tensão no pescoço devido às cobranças musicais e não-musicais;
Pouca ingestão de líquidos ou alimentos no período do estudo;
Calor ou frio excessivos no ambiente de estudo e/ou trabalho;
Iluminação inadequada do ambiente ou impressão ruim das partituras;
Cansaço, preocupação e/ou stress.

Dor de ouvido e/ou perda suave de audição:
Som alto, barulho ou ruído excessivos;
Otite devida a gripes mal-curadas por excesso de estudo ou excesso de “deixa para lá”;

Dor e/ou fisgada na ponta dos dedos:
Falta de aquecimento e/ou alongamento antes do estudo;
Falta de descanso a cada 50 minutos de estudo;
Excesso de estudo;
Desenhos musicais repetitivos feitos em excesso com o mesmo dedilhado (trinado, “1-2-4, 1-2-4, 1-2-4”, etc.);
Excesso de pressão ou uso da força para prender as cordas;
Movimentos muito altos de levantar e abaixar os dedos ao prender as cordas;
Uso de força ao abaixar os dedos sob a corda;
Cordas muito altas (maior pressão dos dedos);
Trabalho excessivo sob uma mesma corda grave (4ª ou 3ª);
Falta de condicionamento físico.

Dor e/ou fisgada nos cotovelos:
Excesso de movimentos repetitivos;
Excesso de movimentos grandes e circulares com o arco nas mudanças de cordas;
Excesso de movimentos curtos repetitivos (“tremolo”, semicolcheias muito rápidas, etc.) na corda (não-spiccato);
Falta de descanso a cada 50 minutos de estudo.

Dor e/ou fisgada nos ombros:
Falta de alongamento antes e/ou depois do estudo;
Carregar o contrabaixo ou objetos pesados de mau-jeito;
Adaptação involuntária do corpo à mudança de espaço no local de estudo;
Adaptação involuntária do corpo ao contrabaixista com quem se divide a estante musical (ombros levantados, ombros “duros”, etc.);
Cordas muito altas (maior pressão do corpo);
Uso desnecessário de força para tocar;
Falta de condicionamento físico.

Dor e/ou fisgada no pulso:
Excesso de estudo;
Falta de alongamento antes e/ou após o estudo;
Movimento repetitivo grande e/ou excessivo do pulso (“tremolo”, semicolcheias, fusas, pizzicato rápido, etc.);
Cordas muito altas (mais pressão do braço);
Uso de força nas mãos;
Carregar o contrabaixo ou objetos pesados de mau-jeito;
Falta de condicionamento físico.

Dor e/ou fisgada no polegar:
Uso desnecessário de força para segurar e movimentar o arco;
Uso desnecessário de força para apoiar o polegar esquerdo no braço do instrumento.
Ambos os casos podem ocorrer tanto por falta de técnica, quanto por movimentos repetitivos, quando o braço e a mão ficam cansados e/ou tensionados.

Dor e/ou fisgada nos joelhos:
Tocar muito tempo em pé sem descanso;
Tocar (sentado ou em pé) com os pés tortos,
Subir eventualmente escadas com o contrabaixo;
Sentar em bancos de contrabaixo com os pés direito e esquerdo com alturas diferentes entre si;
Apoiar excessivamente o contrabaixo com o peso do corpo em direção ao joelho;
Tocar em bancos muito altos;
Falta de condicionamento físico.

Dor e/ou fisgada nas costas:
Falta de condicionamento físico;
Excesso de estudo;
Excesso de peso;
Falta de pausa a cada 50 minutos de estudo;
Problemas posturais: região lombar voltada para a barriga ao tocar sentado, ombros e costas caídos para frente, etc.);
Divisão irregular da estante com o colega contrabaixista;
Espaço físico ou condições inadequadas de estudo e/ou trabalho;
Excesso de cobranças musicais e não-musicais.

Dor e/ou fisgada nos pés:
Excesso de peso;
Pés tortos ao tocar;
Tocar sentado com um dos pés apoiado no chão (o peso do corpo se concentra mais nele);
Excesso de estudo;
Falta de pausa a cada 50 minutos de estudo.

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Nessa minha longa trajetória de contrabaixista com tendinite, não sei mais quem me deu (no singular e no plural) essa informação de que LER tinha mudado de nome e passado a se chamar DORT…

Quantos aos alongamentos e pausas para prevenção, sempre frisei isso por aqui, assim como a prática regular de exercícios físicos, desde que não sejam feitos enquanto os tendões estão inflamados.

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Mensagem postada por Daniel Menezes, na ‘Mulheres no contrabaixo’

“Voila,
se não me engano “A LER (lesão por esforço repetitivo), que agora se chama DORT (distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho) é a nossa famosa tendinite”
são de fato coisas diferentes (pelo menos é o que dizem na faculdade)

DORT: como diz o nome é um distúrbio, como a câimbra , o formigamento, e o dolorido do dia seguinte a falta de força, não afetou significativamente o corpo, é como se fosse um aviso que o corpo está sendo estressado demasiadamente , ela pode ser remediada com alongamentos, acupuntura, exercícios de fortalecimentos progressivo e antiinflamatórios (nunca, nunca tome esses troços, sempre melhor é o mais natural, nunca remédios)

LER: desenvolvido graças a uma lesão ( de fato os sintomas da DORT são quase os mesmos da ler), mas normalmente acompanhados por uma dor horrível, é incurável, mas tratável e controlável com os mesmos procedimentos da DORT, mas muitas vezes o corpo lesionado age antes do necessário causando dor para evitar o movimento ou posição que “irrita” a lesão, por causa disso muitos datilógrafos ou músicos são aposentados por incapacidade mesmo que ainda vivam uma vida completamente normal.

Conheço um músico que tacava muito bem violino, quando desenvolveu ler, passou para o piano ,agora sem nenhum problema e muitas precauções, ainda hoje quando toca violino cinco minutinhos a dor ataca de forma aguda.

A forma mais efetiva de se evitar LER e DORT são alongamentos e pausas a cada hora de trabalho.Mesmo que existam músicos que somente sentem esses efeitos quando se aposentam, pois a musculatura fica mais flácida, deixando as lesões sem base , e expondo-as.
Espero ter ajudado, Voila.”

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Sabemos que nem todas as pessoas têm a chance de ver um elefante ao vivo, seja num zôo ou num safári, mas nós, contrabaixistas, convivemos com uma espécie de elefante todos os dias e ainda temos a chance de ouvi-lo, e tudo isso por opção. Resumindo: somos muuuito corajosos!

Já que teremos que carregar e tocar o elefantinho durante parte do dia e talvez por muitos anos, que tal começarmos a pensar em minimizar alguns esforços excedentes para que tenhamos saúde para usufruir de toda a música que investimos e sonhamos?

A primeira coisa que precisamos saber, e que mesmo depois de “sabida” nunca está na enorme lista de coisas que aprendemos primeiro, é o segredinho de que o contrabaixo não precisa de força para ser tocado…

Contrabaixo requer peso, pressão e velocidade (do arco e dos dedos).

Deixe a força para o pensamento ou para a vontade porque, essas sim, você vai precisar ter –e muito- para se manter contrabaixista.

Agora que você já sabe o pulo do elefante, vai precisar de algumas outras dicas para conseguir dar o pulo, sem se estabacar na mesmice preconceituosa de achar que no contrabaixo só sai som na marra.
Vamos lá, então…

Comecemos pela postura no instrumento:
Tanto ao tocar em pé, como ao tocar sentado, é importante ter um direção que seja responsável pela frente do seu corpo.
Por exemplo: se você vai tocar em frente a um espelho, posicione-se de forma que você fique totalmente de frente para ele, e não de ladinho, de banda, meia-bunda, etc.

Se você ainda não tem espelho, é essencial que o providencie para, no máximo, no próximo mês, nem que seja roubando um.
Enquanto isso não acontece, substitua o espelho pela estante de música, mesmo que vazia.

Conclusão inicial: se você não tiver senso de direção para saber o que é ficar de frente, como poderá controlar a mão para cima, o braço para trás, os ombros equilibrados ou mesmo uma sincronia de movimentos sem ficar todo torcido?

A partir do momento que você tem uma postura equilibrada, seus tensionamentos passam a ser conscientes, previsíveis e, portanto, mais fáceis de serem controlados.

Bem, como eu quase não toco em pé, optarei por escrever esse texto sobre a postura no contrabaixo com banco, ok?

Se você puder – e seu professor de contrabaixo e/ou a sua escola de contrabaixo permitirem-, escolha um banco de altura confortável, que o deixe com os joelhos ligeiramente flexionados e não esticados ao apoiar uma das pernas ou as duas no chão. Ao longo dos anos, seus joelhinhos agradecerão emocionados a gentileza, coisa que o seu traseiro jamais fará.

(Coisita importante: não é preciso sentar usando todo o assento do banco. Chegue um tico para frente e use 2/3 do banco. O 1/3 da parte de trás do banco deve ter sido deixado para aquela cauda que dizem que os nossos ancestrais tinham. Em homenagem a eles, não sente no lugar da cauda e aproveite a homenagem para jogar o peso do corpo para cima do contrabaixo e ter mais som.)

Se você for tocar com as duas pernas penduradas no banco, procure se sentar, não só de frente para o seu “alvo”, como também exatamente no meio do banco: uma perna fica para um lado, a outra para o outro (parece óbvio, não é?) equitativamente iguais, fazendo o desenho de um “V”. Para ter uma “confirmação” disso, é só marcar com o dedo o lugar onde o seu cóccix ficou apoiado. Se estiver no meio do banco, ótimo!

Se você for tocar com uma das pernas pendurada no banco e com a outra no chão, procure se sentar, não só de frente para o seu alvo, como também, no máximo, uns três dedinhos fora do centro do banco, procurando equilibrar o corpo como se ele estivesse sentado com as duas pernas penduradas. Assim, o desenho em “V”que as pernas fazem, fica com a perna direita alinhada ligeiramente abaixo da perna esquerda.

Para ter uma “confirmação” do local onde você se sentará, é só marcar com o dedo o lugar onde o seu cóccix ficou apoiado. Se estiver no máximo uns três dedos para a direita do centro (para a sua direita), ótimo!

Em ambas as formas de sentar, é importante se sentir equilibrado, com o peso inicial do corpo descendo em direção ao umbigo, indo para os iscos do bumbum.

Em ambas as formas de tocar, procure alinhar os pés com os joelhos, ou seja, a rótula de cada joelho fica direcionada para o meio da curva dos seus dedos do pé correspondente.

Aproveite para dar uma olhadinha em você sentado em frente ao espelho (se vira para ter um nessa hora!), fazendo pose de contrabaixista sem o contrabaixo.

Você estará de frente, com as pernas em “V”, com o peso do corpo no bumbum. Você inclinará o seu tronco um dedo para frente (o tronco todo e não só a cabeça) e, com isso, passará a sentir o peso do corpo – que antes estava só no bumbum- correr agora também para os pés que descansam no banco e/ou no chão e dividir com o bumbum o peso do corpo.

Lembre-se de manter os pés alinhados com os joelhos.

Viu só? Agora, preste atenção no restante do seu corpo. Os ombros ficam alinhados um com o outro, na mesma altura de quando você anda na rua. Você não precisa levantar os ombros para tocar um contrabaixo! Importante: nem o ombro esquerdo, nem o direito!

Procure relaxar o pescoço.

Agora que você já sabe que não pode ter crise de labirintite na hora de estudar, vamos ao contrabaixo…

Se você for tocar com uma perna pendurada no banco e com a outra no chão, o contrabaixo fica apoiado mais na perna esquerda do que na direita.
A perna esquerda é flexível. Ela não precisa ficar completamente imóvel, porque em algumas situações (notas muito agudas ou harmônicos, por exemplo) você precisará se “debruçar” mais no instrumento e abrir um pouco mais a perna esquerda para “aproximá-lo” de você.

Se você for tocar com as duas pernas penduradas no banco, o contrabaixo também fica mais apoiado na perna esquerda do que na direita, mas isso fica mais evidente quando se toca com uma perna pendurada e a outra no chão.

Gosto de usar o espigão do instrumento para a esquerda, e não na direção do meio do meu corpo. Isso me dá uma maior sensação de equilíbrio. Procuro sentir o peso do corpo como um todo. Se eu “achatar” o peso do corpo para o meio, usando o contrabaixo mais para a esquerda, o meu braço esquerdo ficará com menos peso natural.

É importante saber para onde direcionar o peso do seu corpo, levando em conta onde está o instrumento, se mais para o meio do seu corpo ou se mais para a sua esquerda.

Note também que essa diferença de posição do contrabaixo é sutil, e que direcionar o peso do corpo não é cair todo torto em cima do instrumento.
Equilíbrio e bom senso fazem parte do processo de aprendizado e procurar uma postura mais confortável e menos tensa é um investimento para um futuro com mais som e menos problemas de saúde.

Um elefante incomoda muita gente, mas não pode incomodar o contrabaixista, não é mesmo?

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Problemas com o seu cotovelo? Isso pode ser o “cotovelo de tenista” ou epicondilite, inflamação dos epicôndilos…
Talvez fosse bom você avaliar uma série de “coisitas”, que vou tentar escrever aqui:
a) Você está usando força para tocar?

Procure usar sempre o peso do corpo, e não a força;
b) Você tem feito aquela paradinha básica de 10 minutos a cada 50 minutos de estudo?

A LER (lesão por esforço repetitivo), que agora se chama DORT (distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho) é a nossa famosa tendinite. A parada serve para o corpo descansar desses movimentos repetitivos;
c) Você tem feito alongamentos antes e/ou depois do estudo?

Os alongamentos são importantíssimos para “esquentar” a musculatura e preparar o corpo para os exercícios e/ou estudo, e para evitar que ele fique “duro” e travado com o tempo.
d) Você c tem praticado uma atividade física regular (natação, musculação, alongamento, Pilates ou hidroginástica)?

Você pode estudar durante seis a oito horas por dia, mas se não fizer exercícios físicos, será considerado um sedentário para os médicos.
O sedentarismo é um dos maiores causadores de problemas físicos nos músicos.
Os exercícios físicos regulares ajudam a tonificar o corpo. Com a musculatura fortificada, os tendões ficam mais protegidos.

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e) Balance os ombros, braços e mãos, bem relaxado, como se você parecesse um boneco desengonçado. Esse movimento “começa” pelos ombros, que vão para trás e para frente alternadamente e/ ou fazem movimentos de rotação alternadamente, e “levam” os braços e mãos bem “molóides”. Nesse exercício você também sentirá as costas trabalharem. Repita seis vezes;
f) Em pé, com os braços estendidos ao longo do corpo, pés ligeiramente afastados, pernas esticadas. Inspire e vá soltando o ar bem devagar, enquanto inclina a cabeça para frente, em direção ao chão bem devagar, procurando sentir vértebra por vértebra do pescoço e da coluna, chegando até onde você conseguir, sempre
evitando flexionar as pernas. Fique parado nessa posição e inspire devagar.
Vá expirando bem devagar e subindo a coluna lentamente, vértebra por vértebra, depois alongando o pescoço, vértebra por vértebra, até levantar a cabeça, chegando à posição inicial. Inspire. Conforme você vai inclinando a cabeça e jogando a coluna para frente, os braços acompanham o movimento bem relaxados e “pesados”.
Para fazer esse movimento, é importante manter a barriga encolhida, e conforme o ar vai saindo (você estará expirando, lembrou?), ela vai ficando mais encolhida ainda.
Faça esse exercício três vezes.
OBS: na ida, quem faz o movimento inicial é a cabeça. Na volta, o movimento inicial é feito pela coluna e pela barriga;
g) Em pé, com os braços estendidos ao longo do corpo, abra e feche as mãos lentamente (ao mesmo tempo). Quando abertas, os dedos deverão ficar bem esticados, como se parecessem “morcegos”. Faça essa série seis vezes. Depois, faça movimentos de círculo pequeno para fora com cada dedo das mãos por várias vezes e depois o movimento de círculo pequeno para dentro. Não se esqueça dos polegares.

h) No chão, deitar em cima de um macarrão (aquele rolo usado em hidroginástica) para “abrir” a coluna;

i) Para finalizar dê uma boa espreguiçada (ou mais). E bom estudo ou apresentação!!!

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Alongamentos diários (antes e depois de estudar ou tocar) e a prática regular de exercícios físicos (Pilates, natação, hidroginástica, musculação, etc.), mesmo que 2 x na semana, são importantíssimos para a saúde física e mental do contrabaixista, prevenindo o aparecimento de doenças como: tendinites, bursites, pinçamento de coluna, etc.

A longo prazo, o sedentarismo é um dos maiores inimigos do músico .
Mesmo estudando oito horas por dia, o músico que não faz exercícios físicos, continua sendo classificado como sedentário.

“Quem não tem tempo para se prevenir hoje, terá que arranjar tempo amanhã para se curar”

Série de alongamentos complementares:

a) De pé, com os braços estendidos ao longo do corpo, levante os dois ombros ao mesmo tempo, como se fosse “grudá-los” nas orelhas. Conte até três e volte os ombros à posição inicial, procurando relaxar bem. Repita esse exercício umas três vezes. Inspire ao levantar os ombros e expire ao soltá-los;
b) Ainda em pé, com os braços estendidos ao longo do corpo, procure fazer um movimento de rotação com cada ombro alternadamente, primeiro fazendo um “círculo” para trás e voltando à posição inicial. Inspire enquanto faz o movimento e expire quando voltar à posição inicial. Repita três vezes. Faça o mesmo movimento ao contrário
(círculo para frente), também alternando os ombros (três vezes para cada ombros). Inspire enquanto faz o movimento e expire quando voltar à posição inicial;
c) Em pé, com os braços estendidos ao longo do corpo, levante os cotovelos (ao mesmo tempo) em direção aos ombros (com a “rótula”, ou sei lá o nome disso, voltada para fora). Conte até três e volte os cotovelos à posição inicial, procurando relaxar bem. Inspire ao levantar os cotovelos e expire ao soltá-los. Ao fazer esse exercício, tome cuidado para não levantar os ombros;
d) Em pé, com os braços estendidos ao longo do corpo faça movimentos de vai e vem com os pulsos (para frente e para trás). Repita seis vezes. Agora, gire os pulsos para fora e depois para dentro (seis vezes cada movimento);

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Para os vaidosos mortais, o espelho é considerado há séculos um artigo de toucador.
Para nós, músicos mortais, o espelho deveria ser considerado um valioso e imprescindível artigo de “tocador”.

Espelho é o objeto detestável que vai mostrar o contrabaixista troncho; o contrabaixista tenso; os ombros levantados; o contrabaixista que faz força; o arco torto; o braço duro; os artelhos pontudos, etc.

…Existe alguém tocando mais bonito do que eu?

Com tanta coisa para você ver e consertar, você tem certeza de que quer mesmo que o espelho responda?

O espelho só não mostra aquilo que você não quer ver ou aquilo que você ainda não sabe ver…

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Aqueles spots de palco, quando posicionados diretamente sobre o meu contrabaixo, fazem a afinação dele abaixar, por causa do calor excessivo.

Mudanças climáticas também alteram a afinação do contrabaixo: dias frios fazem a afinação subir e dias quentes fazem a afinação abaixar… Isso também acontece com “fenômenos não-naturais”: ares-condicionado e aquecedores de ambiente.

Quando meu contrabaixo viaja de avião ou de ônibus, costumo afrouxar um pouco as cordas, por causa das “adversidades climáticas”.

Em cidades muito secas, como Brasília, o contrabaixo precisa de um “umidificador”, para evitar que ele fique “trincado”.

Já a maresia direta, deixa o instrumento todo “melado”, às vezes sendo impossível tirar som com arco, porque a corda melada com a crina molhada impede a aderência da resina, e som sem resina não existe.

Cordas novas costumam deixar o som do contrabaixo “metálico” às vezes por quase um mês, e o “clima” entre o instrumento e você pode ficar tenso. Com o tempo, as cordas assentam e tudo volta ao normal.
Se não voltar, livre-se dessas cordas, se possível, vendendo-as ou trocando-as com outro contrabaixista.

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