1) A crina é nova e nunca usou resina?
Se for esse o seu caso, passe bastante resina antes de tocar, durante alguns dias (uns 3 dias, talvez).
Depois desses dias, volte a usar a quantidade de resina que você sempre usou, ou passe a usar bem menos resina.
Em arcos de crina nova, a resina leva alguns dias para “pegar” melhor;
2) A crina é velha ou muito usada?
Se for velha, talvez fosse bom trocar a crina.
Se não for, dê uma um banhinho nela com sabão de côco: desparafuse o arco, pegue o talão com a crina frouxa com cuidado, leve para um tanque ou uma pia, molhe-a com moderação, esfregue sabão de côco e vá penteando e fazendo “espuma” com um pentinho de cabelo. Enxágüe bem, tirando todo o resíduo de sabão. Cuidado para não
molhar a vareta. Depois deixe secar ao ar livre. Antes colocá-la no lugar, enrole a crina na vareta e desenrole (não sei para que serve isso). Aí coloque o talão no lugar e aperte o parafuso;
Em arcos muito sujos de resina, esse excesso de resina deixa o som áspero demais e, às vezes, também impede a resina de “aderir” bem ao arco, porque parece que cria uma “película” protetora.
Crinas muito velhas ou arcos muito “ensebados” pedem resina toda hora.
Deixando a crina limpa, talvez você consiga melhores resultados;
3) Como estava o clima quando você passou a resina?
Em locais muito frios ou muito secos, a resina custa a pegar. Ou você passa a resina mais vezes ou põe um pouquinho no sol antes de passá-la no arco, só para que ela fique um pouco mais mole e “grude” melhor no arco;
4) Como você passa a resina no arco?
Os contrabaixistas não usam a resina como os violinistas, que esfregam resina para lá e para cá a cada pedacinho do arco.
Os contrabaixistas colocam a resina na crina (no talão) e a passam de uma vez só até chegar na ponta do arco. Se precisar, eles repetem esse movimento quantas vezes houver necessidade, mas sempre sem voltar a resina da ponta para o talão;
Se o seu caso não for nenhum desses ou se, depois de tomar alguma ou algumas dessas providências, o problema persistir, sugiro duas coisitas:
1) Que você peça para um luthier averiguar se a crina do seu arco é realmente legítima e não-sintética;
2) Que você experimente uma outra resina de algum colega e, se ela funcionar, venda a sua para comprar uma igual a que funcionou. A Pop’s é uma boa resina. No mesmo nível, também temos a Nyman e a Carlsson.
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