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Aqui vai um texto, postado no blog https://desabafosagridoces.blogs.sapo.pt, por Sara, no dia 17 de setembro de 2010.
Nele, o assunto é o livro “O Contrabaixo”, de Patrick Süskind.
Este livro é leitura recomendada a todos, e mais que recomendada a todos os contrabaixistas…

O grande ator paulista Antonio Abujamra encenou o monólogo em São Paulo e no Rio de Janeiro, e isso lhe rendeu o prêmio de melhor ator, em 1987. (fonte: https://www.tvcultura.com.br)
Essa peça teve a direção de Clarisse Abujamra, sua sobrinha.

Como uma contrabaixista normal, viciada em assuntos contrabaixísticos, li o livro, assisti a peça três vezes com ele, e adorei!

Aqui vai o texto da Sara:

“Patrick Süskind é conhecido pelo seu livro “Perfume – A História de um Assassino” posteriormente adaptado ao cinema. Tal foi o sucesso (foram vendidos 15 milhões de exemplares em quarenta línguas) que acabou por abafar outras obras, entre as quais O Contrabaixo, escrito em 1981. Foi por isso com alguma curiosidade que o li. E gostei muito.
O protagonista é um contrabaixista da orquestra nacional de Viena que nos vai falando da sua vida: da relação amor- ódio que tem com o contrabaixo (“parece uma velha gorda. As ancas muito descaídas, a cintura perfeitamente fora do sítio, moldada muito acima e muito estreita (…) ombros estreitos, raquíticos e pendentes…um desgosto!”); do seu lugar na orquestra, que é essencial mas passa sempre despercebido, das invejas e do seu amor secreto por uma meio-soprano.  
Süskind tem uma característica que consiste em centrar-se na mente da personagem, escavando o seu interior e mostrando-nos os seus meandros tortuosos: as suas psicoses, as suas contradições…esta construção interior, dispensa o exterior. Em Perfume, tal característica é visível na parte em que Grenouille se esconde na caverna e durante sete anos vive unicamente “no reino da sua alma”. Em O Contrabaixo passa-se o mesmo:  o autor centra-se exclusivamente na personagem da qual não sabemos o nome, apenas que tem 35 anos, e que se encontra no seu quarto à prova de som.
As informações sobre o exterior são dadas pelas didascálias que precedem os momentos de monólogo. São de grande importância pois conferirem ritmo ao texto. A peça inicia-se com a segunda sinfonia de Brahms e termina com o 1º andamento do quinteto das trutas de Schubert (piano, violino, viola, cello e contrabaixo). Aqui é a audição quem tem o lugar de honra. Até porque ao desfiar as suas amargas memórias o contrabaixista levamos também a conhecer a História do seu instrumento e da música clássica em geral (fruto da própria experiência do autor). Sendo uma leiga na matéria, achei fascinante. É curioso saber, por exemplo, que os maestros só apareceram no seculo XIX e que Mozart partia pianos (já desconfiava…). Há também uma ponta de crítica aqui e ali aos compositores e à própria sociedade.   
Um livro divertidamente ácido!”

Aqui vai um vídeo de uma entrevista do Antonio Abujamra para o programa Metrópolis, da TV Cultura, em que ele fala da sua trajetória como ator e diretor, da peça “O Contrabaixo” e do programa “Provocações”:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=qU1zZYYwteg]

Achei um artigo maravilhoso sobre o também maravilhoso grupo Bassiona Amorosa no site https://www.entreculturas.com.br, postado por Luigi Rotelli.

Além das fotos e do texto, há dez vídeos do grupo.
Vale a pena dar uma passadinha contrabaixística por lá!

Aqui vai um trecho para vocês se inspirarem:

“O grupo nasceu em 1996, como um quarteto feminino. O nome Bassiona Amorosa vem de uma mistura de “Bass” (Contrabaixo em inglês é Double Bass) com “Passione Amorosa”, a charmosa obra de Giovanni Botesini feita para dois contrabaixos. Uma justificada homenagem a Botesini, um virtuoso do século XIX considerado o Paganini do contrabaixo e o principal compositor de concertos solos para o instrumento.
De lá para cá, os integrantes mudaram, agora são todos homens (Roman Patkoló, Artem Chirkov, Jan Jirmasek, Ljubinko Lasik, Giorgi Makhoshvili e Andrew Lee) mas sob a mesma direção de Klaus Trumpf, quem faz a maioria das transcrições e adaptações para o grupo. O timbre agradável e o tom grave dos contrabaixos, combinados ao virtuosismo de seus integrantes, produz um som refinado e surpreendente.
O ensemble não tem forma rígida. Era um quarteto, mas recentemente se tornou um sexteto e conforme a música eles se apresentam como dois ou apenas um contrabaixo solo, geralmente acompanhado por piano. Os vídeos que consegui são da época de quarteto.
Em 15 anos de história e com um repertório que vai do barroco ao período clássico, música contemporânea e arranjos de música popular, Bassiona Amorosa já fez mais de 500 concertos ao redor do mundo, tem 14 CDs gravados e 1 DVD prestes a ser lançado: uma medida de sua empatia com o público europeu principalmente (uma lástima CDs e DVDs como esses nunca chegarem ao Brasil – nosso subdesenvolvimento musical se expressa somente em pagode, axé e sertanejo universitário, aarrghh!).”

E aqui vai um dos vídeos postado no artigo (Outono, de Vivaldi):

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=CcnRCi3DhGM]

Acabo de achar na Internet este link, com vídeo de crianças contrabaixistas, todas alunas do contrabaixista português Joel Azevedo, que também toca o Koussevitzky com a Orquestra do Conservatório de Música de Fornos.

contrabaixista Joel Azevedo e alunos

Clicando neste link há vários vídeos de apresentações contrabaixísticas do professor:
contrabaixista Joel Azevedo

Aqui vai um dos vídeos com ele, tocando a Carmen Fantasy, de Proto (Preludio e Aragonaise):

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=-KCuK3w7Oeg]

 Texto extraído do site https://www.orm.com.br/amazoniajornal, de Filipe Faraon


Presas do CRF substituem o ócio pelas aulas de violão 
Aulas de música ajudam presas a se ressocializar no Centro de Recuperação Feminino (CRF), presídio para mulheres localizado em Ananindeua. Pelo projeto, chamado Sala de Cordas, mulheres condenadas à prisão apresentaram duas músicas no 24º Festival Internacional de Música do Pará, no dia 21 de agosto. Basta participar das aulas de violão para ter diminuída a pena. E mesmo assim ainda há mulheres que preferem o ócio.
É unânime a opinião de que detentas que estudam ou trabalham passam a ter melhor comportamento dentro da cadeia. E melhor, multiplicam a possibilidade de não repetir o crime quando voltarem à liberdade. Também é ponto comum afirmar que só deixa de estudar na prisão quem quer.
A ideia do violonista e compositor Gil Barata, funcionário da Superintendência do Sistema Penal (Susipe), de dar aulas de música é apenas mais uma opção de atividade educativa para as detentas do CRF.
“Isso com a vantagem de trabalhar com a música, que por si só é terapêutica, ajuda o ser humano a crescer”, argumenta o professor.
Sua ideia foi acatada pela direção da Susipe em 2008 e, com violões emprestados da Fundação Tancredo Neves, começou com um grupo de mais ou menos 20 mulheres, das quais apenas três tinham alguma noção sobre o instrumento.
Com a troca de governo, no início deste ano, os instrumentos tiveram que ser devolvidos e a superintendência comprou 10 violões para o projeto Sala de Cordas. Só que o processo demorou alguns meses, período em que as aulas ficaram suspensas.
Gil Barata, junto com o músico contrabaixista Iran Tchackal, chegaram a lecionar para 48 internas do CRF. Hoje, com a volta do projeto, há seis meses, existem 30 alunas aprendendo os primeiros acordes. Nove das que conseguiram habilidade mais rápido de execução do violão foram escolhidas para representar o presídio no 24º Festival Internacional de Música do Pará, no dia 21 de agosto, na praça da República. Elas apresentaram duas músicas, acompanhadas de uma percussionista, 10 vozes do coral e duas dançarinas. O convite partiu da Fundação Carlos Gomes, organizadora do festival, para que as detentas mostrassem o que haviam aprendido até então.
O projeto Sala de Cordas já funcionou em outras duas casas penais do Estado: no Hospital Penitenciário de Americano, em Santa Izabel, e no Centro de Detenção Provisório de Icoaraci. Hoje, está apenas no CRF, mas a ideia da Susipe é voltar a expandir para outros locais. Segundo o superintendente da Fundação Carlos Gomes, Paulo José Campos de Melo, a instituição deve fazer outras parcerias com a Susipe, entre elas a que prevê a instalação de uma pequena manufatura de instrumentos musicais.

TJE deve voltar a ajudar nas aulas do centro

A pequena fábrica deve funcionar no Centro de Recuperação Feminino, em uma ala que está em obras. Uma das salas será usada para a fabricação de violões, enquanto que as outras cinco, com acústica adequada, receberão as aulas não só de violão, mas também de flauta, contrabaixo e percussão, instrumentos que serão comprados ainda neste ano. Atualmente as alunas aprendem em um pátio, de forma improvisada.
O Tribunal de Justiça do Estado (TJE), antigo parceiro do projeto, deve voltar a ajudar nas aulas de instrumento no CRF. Arte-educador do tribunal, Abiezer Monteiro garante que até setembro serão gastos R$ 127 mil para compra de vários instrumentos, entre os quais contrabaixo, flauta, teclado e violões. A ideia, diz Abiezer, é ajudar a expandir o projeto para outros presídios de Belém e do interior do Estado. Até setembro, o TJE também deve custear três bolsas de R$ 600,00 por mês, para pagar mais professores de música.

Foi por meio de parceria com o TJE que surgiram o coral e as aulas de flauta, no ano passado. O coral que se apresentou no festival, no dia 21 de agosto, tem remanescentes desse primeiro grupo. “A gente entende que música é importante como forma de escape e conforto para as detentas. Funciona como uma terapia, por isso vale todo o investimento”, afirma o arte-educador. (…)

Acabo de achar na internet um site chamando Desciclopédia – A enciclopédia livre de conteúdo.
Estou passando o link da definição de contrabaixo, para vocês rirem um pouco das abobrinhas contrabaixísticas!

Contrabaixo – Desciclopédia

Achei este ótimo fórum de contrabaixo acústico!
Foro Contrabasso – la comunidad del contrabajo…

Divirtam-se!

 Notícia postada no site da Music Jobs Brasil

Sobre o emprego

Professor(a) de Contrabaixo Acústico e Elétrico

ATENÇÃO: Só aceitaremos candidaturas de profissionais com formação superior, passaporte válido e disponibilidade para viagem e mudança residencial imediata, se não possui estes requisitos, não se candidate para esta vaga.

Buscamos profissionais de excelência com formação superior em música e experiência profissional comprovada para preencher as seguintes vagas em caráter emergencial:

-Professor(a) de Contrabaixo Acústico e Elétrico

Imprescindível:
-Curso Superior em Música reconhecido pelo MEC (Licenciatura/Bacharelado);
-Experiência comprovada em docência do ensino musical para crianças, jovens e adultos de no mínimo 2 anos;
-Passaporte com validade mínima de 12 meses;
-Capacidade para a docência de dois ou mais instrumentos será um diferencial;
-Disponibilidade para viagem e início do trabalho em Setembro de 2011.

Benefícios que a empresa oferece:
-Salário mensal de $1.800,00 usd (aproximadamente R$2.900,00)
-Passagem de avião até Luanda – Angola
-Moradia
-Transporte
-Alimentação

Escreva em sua carta: disponibilidade, situação do passaporte e mantenha seus contatos atualizados (email, skype, telefone fixo, celular).
Dispensamos curiosos.

Achei interessante colocar este post aqui para vocês, porque penso que muitas pessoas querem estudar música, mas não têm como comprar um instrumento e/ou equipamentos, assim como muitos contrabaixistas estão precisando trocar o seu instrumento e/ou equipamentos por outros mais novos e também não têm grana. 

Esses prêmios podem ser um empurrãozinho a mais para quem está precisando… 

Boa sorte contrabaixística para quem for enfrentar a promoção!

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=1M4Xj_7GOkw&w=560&h=345]

Publicado em www.gianninievoce.com.br

PRÊMIOS:

1º lugar:

  • 01 Guitarra Giannini GGX-1HH
  • 01 Violão Giannini Eletroacústico (Lançamento Expomusic 2011)
  • 01 Contra – Baixo (Lançamento Expomusic 2011)
  • 01 Amplificador Giannini para Guitarra (Lançamento Expomusic 2011)
  • 01 Amplificador Giannini para Violão V15
  • 01 Amplificador Giannini para Contra-Baixo B20
  • 03 Pedais Axcess by Giannini (Lançamentos Expomusic 2011)
  • 01 Pedal Axcess by Giannini Analog Delay DL-103
  • 01 Fonte Axcess by Giannini PS-110
  • 03 Afinadores Digitais Giannini GTU Colors
  • 12 encordoamentos Giannini para Guitarra
  • 12 encordoamentos Giannini para Violão
  • 06 encordoamentos Giannini para Contra-Baixo
  • 01 Bateria Prime América
  • 01 set de pratos Meinl MCS
  • 01 microfone para Guitarra Le Son LS801 GT
  • 01 microfone para Contra Baixo Le Son LS801 GT
  • 01 microfone para Violão Le Son LRV 23
  • 01 kit com 10 correias Basso
  • 02 cabos Santo Angelo Premium Estilo Musical Rock 15FT
  • 01 cabo Santo Angelo Premium Estilo Musical Bass 15FT
  • 03 cabos Santo Angelo para Microfone AnglLW 20FT
  • 06 cabos para pedal SSPL
  • 03 pedestais de Microfone PSA 240-HT
  • Transporte e hospedagem para o vencedor e um acompanhante para visita à Expomusic

 2º lugar:

  • 01 Violão Giannini Eletroacústico GF-2M
  • 01 Contra – Baixo (Lançamento Expomusic 2011)
  • 01 Amplificador Giannini para Guitarra G8
  • 01 Amplificador Giannini para Violão V15
  • 01 Amplificador Giannini para Contra-Baixo B20
  • 02 Pedais Axcess by Giannini (Lançamentos Expomusic 2011)
  • 03 Afinadores Digitais Giannini GTU Colors
  • 12 encordoamentos Giannini para Guitarra
  • 12 encordoamentos Giannini para Violão
  • 06 encordoamentos Giannini para Contra-Baixo
  • 01 set de pratos Meinl 14″ / 18″ HCS
  • 01 microfone para Guitarra Le Son LS801 GT
  • 01 microfone para Violão Le Son LRV 23
  • 01 kit com 05 correias Basso
  • 02 cabos Santo Angelo Premium Estilo Musical Vintage 15FT
  • 01 cabo Santo Angelo Premium Estilo Musical Bass 15FT
  • 03 cabos Santo Angelo para Microfone AnglLW 20FT
  • 06 cabos para pedal SSPL
  • 02 pedestais de Microfone PSA 240-HT 

3º lugar:

  • 12 encordoamentos Giannini para Guitarra
  • 12 encordoamentos Giannini para Violão
  • 06 encordoamentos Giannini para Contra-Baixo
  • 01 Caixa para bateria Prime 14 5,5″
  • 01 microfone para Guitarra Le Son LS801 GT
  • 01 kit com 03 correias Basso
  • 02 cabos Santo Angelo Premium Estilo Musical SSNI 15FT
  • 01 cabo Santo Angelo Premium Estilo Musical Bass 15FT
  • 03 cabos Santo Angelo para Microfone AnglLW 20FT
  • 03 cabos para pedal SSPL
  • 01 pedestal de Microfone PSA 240-HT

  Texto postado em 05 de janeiro de 2011, no site https://blogs.estadao.com.br)

  • Por Luiz Américo Camargo        
Por muito tempo, especialmente na época de criança, eu sentia dificuldade em perceber o contrabaixo nas músicas que ouvia. Eu gostava do nome, da ideia de um instrumento que seguia por uma espécie de mundo subterrâneo, abaixo do plano por onde transitava a melodia. Mas, no fundo, não sabia direito o que era o contrabaixo – e quem seria aquele sujeito misterioso, o contrabaixista. Confundia o timbre, a função…
Um dia, claro, eu aprendi a identificar o som emitido pelas quatro cordas grossas. E percebi que vinha dali o esqueleto da música, quando não a própria musculatura. Desde então, o baixo passou a ser a primeira coisa na qual eu reparo quando escuto uma canção. É algo natural. Como se eu tivesse acionado irreversivelmente um seletor de ‘agudos’ em minha cabeça, de modo a tornar certas frequências mais perceptíveis, de modo a identificar os sons graves de maneira mais evidente, quase em relevo. Em música de orquestra, desenvolvi reflexo semelhante com o fagote, ainda que em menor escala: mal eu começo a ouvir e minha atenção se encaminha diretamente para ele. Seria uma afinidade com os timbres ribombantes? Não sei.
Bom, antes que você imagine que o ‘Eu só queria jantar’ deixou de ser um blog de comida, eu começo enfim a chegar ao ponto. Quero dizer que, depois que você passa a perceber o arroz do niguiri – assim como acontece com o referido contrabaixo -, nunca mais deixa de notar sua presença fundamental na mais refinada das variantes do sushi. Nos primeiros bolinhos provados na vida, muitos anos atrás, era o peixe que se destacava. Mas a percepção vai se refinando. E vamos tendo acesso a coisas melhores. E um dia notamos que ele, o arroz, está lá. Sempre esteve.
E acabamos por desenvolver uma espécie de coordenação motora intrabucal, de mistura de habilidades tácteis e gustativas. Conseguimos perceber o conjunto dos grãos, e ao mesmo tempo, um único grão, isoladamente. Nos divertimos saboreando texturas, temperatura, acidez, doçura… E, diante de um bom arroz, a experiência é maravilhosa. Mas eis aí que surge o problema. Quantos sushimen de São Paulo são capazes de fazer um arroz deliciosamente cozido, temperado e manipulado?
Eu diria que no Jun Sakamoto e no Shin-Zushi, cada qual ao seu estilo, a qualidade é superior. Num patamar abaixo, eu colocaria Aizomê, Kinoshita… e aí começaria a ter de quebrar a cabeça para engordar a lista (aliás, lembrei outro: Hamatyo). São poucos, talvez raros. E o que é uma pena. Pois eu não nunca mais deixei de perceber o arroz. Assim como nunca mais desliguei do contrabaixo.

 
Texto publicado em 09 de agosto de 2011, no site https://www.encontratatui.com.br

Uma doação de R$ 138 mil da Justiça Federal para o Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, beneficiou 11 alunos carentes da escola de música de guia da cidade Tatuí. Com o dinheiro, oriundo de acordo judicial proveniente de delação premiada, foi possível à direção do Conservatório comprar instrumentos musicais de nível profissional, entre eles um contrabaixo, um saxofone e uma tuba.
O responsável pela ação foi o então juiz federal Fausto Martin De Sanctis, hoje desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Do total de alunos beneficiados, sete já estão com seus instrumentos novos e os quatro últimos receberão seus equipamentos no dia 14 de agosto, durante a realização de um recital e um debate que terá a presença do desembargador em Tatuí.
“Ações como esta são bons exemplos de como a Justiça pode se aproximar da sociedade, beneficiando àqueles que mais precisam. Com os novos instrumentos, os alunos do Conservatório terão um incentivo a mais para os estudos de música e aproveitarão melhor as aulas. É uma bela iniciativa da Justiça e do Conservatório”, afirmou o secretário da Cultura, Andrea Matarazzo.
Os instrumentos adquiridos são de nível profissional e, em todos os casos, sonhos de consumo dos músicos. Segundo o diretor-executivo do Conservatório de Tatuí, não existe músico bom sem instrumento de ótima qualidade. “Vou fazer um paralelo: um piloto profissional, dirigindo um carro popular, não me venceria caso eu corresse com uma Ferrari. Na música é o mesmo. Por isso, fizemos questão de comprar só instrumentos considerados de bom para ótimo”, destacou.
A negociação para concretização da doação teve início em novembro de 2010, quando o então juiz federal e o diretor-executivo da instituição musical participaram de evento realizado pela Secretaria de Estado da Cultura, em que se apresentaram alunos do Conservatório. Naquela ocasião, informações sobre a escola de música foram levadas ao magistrado que, posteriormente, demonstrou interesse em efetivar a doação que beneficiasse alunos talentosos, mas que não tinham condições financeiras de possuir bons instrumentos. A oficialização da doação ocorreu em 10 de dezembro do ano passado.
Seleção
Para a escolha dos 11 beneficiados, o núcleo de assistência social do Conservatório de Tatuí, a assessoria pedagógica e os coordenadores das áreas de música erudita analisaram as condições financeiras e o aproveitamento pedagógico dos alunos. Numa segunda fase, a seleção foi feita em conjunto com a Justiça Federal. De acordo com o termo de compromisso assinado entre aluno e Conservatório, a instituição estadual terá a guarda dos instrumentos, que serão emprestados condicionalmente até o término do curso. Ao se formarem, os estudantes terão a posse definitiva do equipamento por mérito e dedicação.
Por outro lado, se for reprovado ou desistir do curso, perderá o direito ao instrumento. Em qualquer um desses casos, os instrumentos serão destinados, sob as mesmas condições, a outros alunos carentes. No termo de compromisso, o estudante também se compromete a cuidar bem do equipamento recebido inicialmente a título de empréstimo, ciente de que deverão continuar a se empenhar nos estudos, bem como de que, em caso de reprovação ou desligamento, o instrumento retornará ao Conservatório.
Os 11 alunos contemplados e seus respectivos instrumentos são: Marcelo Pinto da Silva (contrabaixo), Cristiano Lourenço dos Santos (viola), Daniel Barbosa Soares (trombone), Diego Afonso Morales (saxofone), Jean Gerard (oboé), Paulo Roberto de Oliveira (tuba), Rafael Victor Frazzato Fernandes (violoncelo) e Renan da Silva Sena (trompete). Além de César Augusto Garcez (clarinete), Tiago Caires da Silva (bombardino) e Wesley Alexandre Martins de Oliveira (fagote).
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